Numa mensagem publicada nas redes sociais, a mulher, Jasmine, revelou que o músico morreu a 31 de outubro com 49 anos, mas não foi divulgada a causa da morte.
A revista Rolling Stone descreve-o como o “esquivo e misterioso bardo do hip hop”, autor de “rimas impossivelmente intrincadas” e um dos mais respeitados nomes da cultura hip hop, onde entrou em finais dos anos 1980.
MF Doom é o alter ego do músico Daniel Dumile, nascido em Londres em 1971, criado em Nova Iorque e cujo percurso no hip hop se dá com o irmão, DJ Subroc, através do trio KMD, no qual assinava ainda como Zev Love X.
O projeto só duraria até 1993, ano em que morreu o irmão e que levou também Daniel Dumile a desaparecer do espaço público.
Só regressaria em finais dessa década, com uma máscara a tapar o rosto, semelhante à do vilão Doctor Doom, de histórias de BD da Marvel, e com o álbum “Operation: Doomsday” (1999).
No obituário, tanto a Rolling Stone como o jornal The Guardian recordam que o período mais prolífico do músico foi na viragem do século, entre 2003 e 2005, usando outros pseudónimos, entre os os King Geedorah e Viktor Vaughn, justificados por uma vontade artística dinâmica de ter várias personagens.
Da produção musical de MF Doom, a crítica destaca o álbum “Madvillainy”, lançado em 2004, feito com o produtor Madlib, e considerado um dos melhores dessa década.
A lista de colaborações atesta ainda a relação de MF Doom dentro e fora do hip hop, juntanto trabalho com nomes como Danger Mouse, o rapper Ghostface Killah (Wu-Tang Clan), Flying Lotus, The Avalanches, e ainda Thom Yorke e Jonny Greenwood, dos Radiohead.
O sexto e último álbum do rapper saiu em 2009 com o título “Born like this” e com o pseudónimo Doom.
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