“Temos tido muito trabalho a tentar identificar como tudo isto aconteceu e vamos continuar a tentar determinar com precisão a causa desse incidente, ao mesmo tempo que fazemos o nosso melhor para garantir que estamos a cuidar da segurança destas pessoas”, disse Pompeo, esta quarta-feira, numa conferência de imprensa.
Em agosto de 2017, após o registo de sintomas como tonturas, dores de cabeça fadiga e perdas de audição que pareciam não encaixar em nenhum quadro clínico, o governo norte-americano lançou a suspeita de que os diplomatas presentes em Havana estariam a ser alvo de “ataques sónicos”.
Sem explicação aparente, vários investigadores internacionais debruçaram-se sobre a misteriosa doença e, no mesmo ano, o Instituto Nacional Norte-americano para os Distúrbios Neurológicos e Derrames sugeriu que os sintomas podiam estar relacionados com a “histeria coletiva”, que pode manifestar-se entre pessoas que trabalhem num ambiente tenso, promotor de ansiedade e resulta num conjunto de transtornos físicos – como tremores, diarreia e falta de ar – que não são explicados por nenhuma doença.
Em 2018, a situação repetiu-se na cidade chinesa de Guangzhou, onde um grupo de diplomatas norte-americanos relatou um quadro clínico semelhante a uma lesão cerebral. Em resposta, o Departamento de Estado mobilizou uma equipa para examinar os casos suspeitos.
Ao todo, cerca de 40 funcionários da embaixada norte-americana e respetivos familiares foram afetados pelos episódios que decorreram entre 2016 e 2018, conhecidos como “Síndrome de Havana”