A porta-voz do ministério do Interior da Bielorrússia, Olga Tchémodanova, afirmou à agência francesa que “cerca de 200” pessoas foram hoje detidas, depois de, no sábado, a polícia ter interpelado outras 150 que se manifestavam contra a presidência de Lukashenko na capital beilorrusa.
Desde as eleições presidenciais, que se realizaram a 09 de agosto, o país tem sido palco de protestos que, todos os domingos, juntam dezenas de milhares de pessoas para contestar a eleição, que dizem ser fraudulenta, em que Lukashenko conquistou o seu sexto mandato.
Como já vem sendo habitual, a polícia carregou sobre os manifestantes utilizando gás lacrimogéneo em Gomel, a segunda maior cidade do país, e granadas ensurdecedoras, na cidade de Moguilev.
Em Minsk, foram fechadas ruas e estações de metro e as autoridades recorreram a veículos blindados.
Ainda na capital bielorrussa, junto à residência presidencial, o Palácio da Independência, foram erguidas barreiras e foi reforçado o controlo policial.
A Comissão Eleitoral Central aprovou a vitória de Lukashenko, com 80,1% dos votos, face aos 10% da sua maior opositora, Svetlana Tikanovskaia, que considera o sufrágio fraudulento.
Os Estados Unidos e a União Europeia não reconhecem a presidência de Lukashenko, que, apesar dos fortes protestos que acontecem todas as semanas desde 09 de agosto e da posição internacional, tomou posse esta semana.
Svetlana Tikanovskaia encontra-se exilada na Lituânia desde agosto.
ILYD (PSP) // JPS