O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou, esta terça-feira, que Portugal está a realizar um levantamento das capacidades de apoio a Moçambique, depois da passagem do ciclone Idai pelo país, que já provocou mais de 200 mortos e quase meio milhão de desalojados.
Augusto Santos Silva disse, em comunicado aos jornalistas, que Portugal estará “na linha da frente do apoio internacional” àquele país africano e que o objetivo é que, logo que o Governo moçambicano peça apoio, ele possa ser imediatamente prestado pelo País.
A Cruz Vermelha Portuguesa e a Cáritas já começaram a atuar e estão no terreno para ajudar as vítimas afetadas pelo ciclone. Em comunicado, a Cáritas Portuguesa, que está a trabalhar em conjunto com a Cáritas Moçambicana, anunciou o envio de um donativo de 25 mil euros para Moçambique, apoio que pode ser reforçado, de acordo com as necessidades do país.
Esta organização recebe donativos a partir da conta PT50 0033 0000 01090040150 12.
Já a Cruz Vermelha Portuguesa afirmou, também em comunicado, ter disponibilizado 5 mil euros do seu Fundo de Emergência para catástrofes para as respostas humanitárias da congénere moçambicana na Beira. A organização apela aos donativos da comunidade, que podem ser feitos para a conta bancária PT50 0010 0000 3631 9110 0017 4, por multibanco, escolhendo a opção Pagamento de Serviços (entidade 20 999 e referência 999 999 999), ou através da internet, aqui .
A UNICEF está a aceitar donativos que podem ser feitos no site oficial da organização, mas também através do MBWay para o número 919 919 939 ou a partir de uma transferência ou depósito bancário através da conta: IBAN PT50 0033 0000 5013 1901 2290 5, por pagamento de serviços no Multibanco para a entidade 20 467, com a referência 777 777 777. Também pode ser através de um donativo por correio (Cheque dirigido ao Comité Português para a UNICEF, na Rua António Augusto Aguiar, 21 -3E, 1069–115 Lisboa).
Também o Sporting já começou a recolher alimentos com a ajuda da sua fundação e vai aproveitar o jogo com o Benfica, no dia 3 de Abril, para reunir mais produtos para Moçambique. Além disso, a Fundação Sporting está a fazer uma recolha de alimentos até sexta-feira, que incluem enlatados de abertura fácil, bolachas, lixívia e sabonetes. No site oficial do clube, pode ver onde são os locais de recolha.
O Benfica também organizou uma recolha de alimentos que se vai estender até ao final de março, que devem ser entregues em qualquer Casa do Benfica do País. No estádio da Luz também podem ser entregues donativos.
Os CTT também arrancam, no dia 25, com uma ação de recolha de roupas doadas pelos portugueses nas Lojas CTT. Basta chegar a uma das 538 Lojas CTT espalhadas por todo o País, pedir uma Embalagem Solidária, colocar o donativo e o envio será realizado, de forma gratuita. Os portugueses podem contribuir com roupas, uma das grandes necessidades em Moçambique, segundo o pedido dos Correios de Moçambique.
A Embaixada de Moçambique em Lisboa também está a pedir alimentos enlatados, que devem ser enviados para a sede da Cruz Vermelha Portuguesa, no Jardim 9 de Abril, 1249-083, em Lisboa.
A Câmara Municipal de Lisboa definiu como pontos de recolha de donativos em géneros mais prioritários (medicamentos, essencialmente, para infeções gastrointestinais e analgésicos, produtos alimentares enlatados com período de validade prolongado, produtos para o tratamento de água e produtos de higiene pessoal e limpeza de instalações) os quartéis do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB) da cidade: D. Carlos I, Martim Moniz, Graça, Defensores de Chaves, Santo Amaro, Monsanto, Alvalade, Benfica, Marvila, Encarnação e Alta Lisboa.
OS BENS QUE ESTÃO A FAZER FALTA
Segundo a Embaixada de Moçambique em Lisboa, as necessidades mais imediatas opulações afetadas pelo ciclone são as seguintes:
– medicamentos, essencialmente, para infeções gastrointestinais, analgésicos e anti-palúdicos;
– produtos alimentares enlatados com período de validade prolongado;
– produtos para o tratamento de água;
– produtos de higiene pessoal e limpeza de instalações.