A galeria começou a ser escavada à mão por mineiros, na quinta-feira, a partir do túnel aberto pelas autoridades, paralelo ao buraco profundo e estreito onde a criança caiu.
As complexas características do terreno tornaram necessárias já duas pequenas explosões controladas, que exigiram a intervenção da Guarda Civil, conforme relatou a subdelegação do Governo em Málaga.
Os mineiros deslocados das Astúrias que perfuram o subsolo conseguiram, após as primeiras horas de trabalho, escavar um metro de comprimento dos quatro que se estimam serem necessários para chegar ao local onde estará a criança.
Os membros da equipa também expandiram o diâmetro da cavidade aberta e escoraram o espaço.
A brigada mineira, que começou a trabalhar na galeria na quinta-feira, às 17:33 locais (16:33 em Lisboa), estimou inicialmente em 24 horas o tempo necessário para escavar a galeria manualmente.
Trata-se de uma operação muito complexa e trabalhosa porque os mineiros têm de subir e descer dois a dois, numa cápsula própria, pelo túnel aberto com maquinaria pesada.
As características do terreno, de extrema dureza, dificultaram o trabalho de perfuração de um túnel vertical de 60 metros paralelo àquele em que o menino caiu, o que atrasou a entrada em ação desta brigada mineira para escavar a galeria de acesso ao local onde a criança estará.
Até depois das 02:30 (01:30 em Lisboa) permanecia no local um pequeno grupo de pessoas que participaram numa vigília de apoio à criança (Julen) e sua família, na qual num primeiro momento estiveram também os pais do menino, José Roselló e Victoria García.
com Lusa