“Precisamos de criar um ciclo virtuoso para a economia, que traga a confiança necessária para permitir abrir o nosso mercado ao comércio internacional, estimulando a competição, a produtividade e a eficácia sem o viés ideológico”, disse o novo chefe de Estado brasileiro no discurso de tomada de posse.
No discurso feito esta tarde no Congresso, em Brasília, Jair Bolsonaro prometeu trazer “a marca da confiança, do interesse nacional, do livre mercado e da eficiência” à economia brasileira, acrescentando que haverá “confiança no cumprimento da regra de que o Governo não gastará mais do que arrecada e na garantia de que as regras, os contratos e as propriedades serão respeitadas”.
O setor agropecuário, continuou, “será decisivo” na recuperação do crescimento económico, mas Bolsonaro prometeu que esta aposta será feita “em perfeita harmonia com a preservação do meio ambiente”, para que “todo o setor produtivo tenha um aumento de eficiência com menos regulação e burocracia”.
Hoje, vincou o Presidente, começa “um trabalho árduo para que o Brasil inicie um novo capítulo no qual será visto como um país forte, pujante, confiante e ousado”, nomeadamente na política externa, que “retomará o seu papel na defesa da soberania, na construção da grandeza e no fomento do desenvolvimento do Brasil”.
A nível interno, Bolsonaro comprometeu-se a “unir o povo, valorizar a família, respeitar as religiões e a nossa tradição judaico-cristã, combater a ideologia do género, conservando os nossos valores” e salientou: “O Brasil voltará a ser um país livre das amarras ideológicas”.
No discurso, o Presidente quis “reafirmar o compromisso de construir uma sociedade sem discriminação ou divisão” e vincou que doravante vai “pautar-se pela vontade soberana daqueles que querem boas escolas, capazes de preparar os seus filhos para o mercado de trabalho e não para a militância política, que sonham com a liberdade de ir e vir sem serem vitimados pelo crime, que querem conquistar pelo mérito bons empregos e que tentam sustentar as suas famílias com dignidade”.
No discurso de pouco mais de 10 minutos, Jair Bolsonaro começou por “agradecer a Deus estar vivo” e defendeu querer “restaurar a pátria, libertando-a definitivamente do jugo da corrupção, criminalidade, irresponsabilidade económica e submissão ideológica”.
Bolsonaro é o 38.º Presidente do Brasil e começa hoje um mandato que termina em 31 de dezembro de 2022.