A análise de imagens de satélite do Anak Krakatoa permitiu aos investigadores calcular que o vulcão perdeu mais de dois terços da sua altura e volume durante a última semana, depois da erupção violenta do passado sábado. Os cientistas acreditam que grande parte da massa perdida tenha deslizado para o mar num só movimento, o que explicaria a grande deslocação de água e o tsunami com ondas que chegaram aos cinco metros e inundaram as zonas costeiras de Java e Samatra.
O vulcão Anak Krakatoa, no Estreito de Sunda, que liga o Oceano Índico ao Mar de Java, tinha 338 metros de altura e mede agora cerca de 110, nas contas do Centro de Vulcanologia e Mitigação de Perigos Geológicos da Indonésia (PVMBG), que tem estado a analisar as imagens de vários satélites, incluindo alguns europeus. A perda de altura deu-se, sobretudo, no lado oeste do vulcão.
Em termos de volume, o Anak Krakatoa manteve entre 40 a 70 milhões de metros cúbicos, contra os 150 a 170 milhões que tinha antes da erupção.
O que não é, para já, claro, é que quantidade de massa foi perdida logo no dia 22 e quanta se foi perdendo nos dias seguintes, mas com uma zona de exclusão perto do Anak Krakatoa ainda em vigor, os investigadores não podem visitar ainda o local.
Segundo as autoridadades indonésias, são mais de 400 os mortos confirmados (e mais de 40 mil deslocados) na sequência do tsunami, que começou por ser confundido pelas autoridades com uma maré crescente.
O Anak Krakatoa foi formado após a erupção do Krakatoa em 1883, que não só destruiu a ilha onde se erguia como também criou a atual ocupada pelo “novo” vulcão, deixando então um rasto de devastação e mais de 36 mil mortos.