Para o leitor pode ser óbvio que a notícia da confirmação da morte de Adolf Hitler vem com 73 anos de atraso, mas as teorias sobre a fuga do ditador levaram investigadores franceses a debruçarem-se sobre o caso, concluindo o que a maioria achava que já sabia: O fuher morreu em abril de 1945, quando se suicidou.
A equipa de cientistas teve acesso a um maxilar guardado pelos serviços secretos russos desde a década de 40 e a comparação com os registos dentários existentes permitiu-lhe dar razão à Rússia: Hitler suicidou-se, as SS queimaram o corpo, as tropas soviéticas encontraram o que restou e o maxilar acabou arquivado em Moscovo.
Philippe Charlier, o principal autor do estudo, agora publicado no European Journal of Internal Medicine, conta, num documentário, como Hitler, apesar de ter 56 anos quando morreu, só tinha cinco dentes verdadeiros. “Começámos por identificá-lo pelas dentaduras, que eram extremamente invulgares, em formas completamente extraordinárias. Havia uma correspondência anatómica e tecnológica perfeita”.
Em seguida, uma análise ao microscópio de amostras minúsculas dos dentes verdadeiros de Hitler corroborou a conclusão, não tendo sido encontrados quaisquer vestígios de carne – Hitler era vegetariano.
O estado das dentaduras também é compatível com a convição de que ingeriu cianeto antes de uma bala atingir o seu crânio.
Uma das teorias da conspiração sobre a morte de Hitler baseia-se num “avistamento” do ditador na Argentina, em 1945, com a sua companheira, Eva Braun, e outros nazis fugitivos. Segundo esta teoria, teria vivido até aos anos 80, quando seria nonagenário, com uma namorada jovem e brasileira.
Um estudo da Universidade de Connecticut, EUA, em 2009, alegava que um fragmento de crânio com um buraco de bala – mantido num local diferente do maxilar agora analisado, pertencia a uma mulher e não a Hitler (nem a Eva Braun). Se os investigadores americanos não analisaram o maxilar, os franceses, agora, também não puderam recolher amostras de ADN do fragmento do crânio, mas apenas olhar.