Depois de recolher dados dos seus parceiros no terreno, a Organização Mundial de Saúde avança esta quarta-feira, em comunicado, que cerca de 500 pessoas que receberam tratamento mostravam sintomas compatíveis com a exposição a armas químicas, como dificuldades respiratórias, irritação grave das membranas mucosas e distúrbios do sistema nervoso central.
O organismo avança que mais de 70 pessoas morreram na sequência do ataque a Douma, o último bastião rebelde em Ghouta oriental, nos arredores de Damasco, 43 das quais na sequência da exposição a químicos tóxicos. Entre estas, há várias crianças.
Suspeita-se que tenha sido usado uma bomba-barril disparada por um helicóptero e contendo gás sarin, um agente tóxico que afeta o sistema nervoso. Há relatos de pessoas com convulsões e a espumar da boca.
O Governo sírio e os seus apoiantes, nomeadamente a Rússia e o Irão, rejeitam a responsabilidade das forças governamentais, enquanto o Presidente norte-americano, Donald Trump, avisou esta quarta-feira que mísseis serão lançados na Síria.
“A Rússia prometeu destruir todos e quaisquer mísseis disparados contra a Síria. Prepara-te Rússia, porque eles vão começar a chegar, bons, novos e inteligentes!”, escreveu Trump na rede social Twitter, depois de o embaixador russo no Líbano, Alexander Zasipkin, ter dito que quaisquer mísseis lançados por Washington contra a Síria serão abatidos pelas forças de Moscovo e que as plataformas de lançamento passarão a ser um alvo.
“Não deviam ser parceiros de um animal que mata com gás o seu povo e que gosta!”, acrescentou o Presidente dos Estados Unidos na mesma mensagem.
Na segunda-feira, Trump afirmou que iria responder de forma vigorosa ao alegado ataque químico cometido no sábado contra a cidade rebelde de Douma, na Síria, e prometeu então que a decisão dos Estados Unidos seria conhecida dentro de 24 a 48 horas.