“As manifestações de ira são um de uma série de passos que nós, países árabes e islâmicos, vamos dar contra a decisão norte-americana de tomar a cidade de Jerusalém”, afirmou o dirigente do Hamas Salah al-Bardaawil, numa intervenção durante o protesto.
Bardawil considerou a decisão dos Estados Unidos “muito perigosa para a causa palestiniana” e “uma violação da doutrina, da história, do coração e da alma” palestiniana.
“O Presidente Trump vai reconhecer Jerusalém como a capital de Israel”, indicou um responsável da administração norte-americana, que pediu o anonimato, e avançar para o “reconhecimento de uma realidade” tanto histórica – Jerusalém figura como capital do Estado judeu desde a Antiguidade – como contemporânea — porque tem sido a sede do Governo israelita desde a fundação moderna daquele Estado em 1948 -, em vez de uma declaração política.
Os Estados Unidos vão transformar-se assim no único país do mundo a reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
De acordo com responsáveis norte-americanos, citados pelas agências noticiosas AP, AFP e Efe, Donald Trump vai, de seguida, ordenar ao Departamento de Estado que inicie a transferência da embaixada, de Telavive para Jerusalém, um processo que deve demorar anos.
“Há cerca de mil pessoas a trabalhar na embaixada em Telavive, e não temos um espaço que possa acolhê-los em Jerusalém. Levará tempo a encontrar um lugar, a garantir que é seguro, a projetar uma nova embaixada e a construi-la”, afirmou um alto funcionário.
“Hoje em dia não se pode construir uma embaixada em nenhum lugar do mundo em menos de três ou quatro anos. Esse será também o caso” em Jerusalém, acrescentou outra fonte.