O alargamento da zona de risco para dez quilómetros em redor da cratera do vulcão Agung, em erupção em Bali, afeta 22 localidades e entre 90 mil a 100 mil pessoas, disse Sutopo Purwo Nugroho, porta-voz da agência de gestão de desastres da Indonésia, em conferência de imprensa, em Jacarta.
Em comunicado, as autoridades anunciaram esta segunda-feira que menos de metade dos cerca de 100 mil residentes, que deviam abandonar a zona de risco saíram da área.
Com Bali em alerta máximo, o aeroporto foi encerrado por pelo menos 24 horas, com as autoridades a admitirem a sua reabertura na terça-feira após avaliação da situação.
O monte Agung está a expelir uma coluna de cinzas em direção à atmosfera que ultrapassa os quatro quilómetros de altura, e que obrigou ao encerramento já no domingo do pequeno aeroporto internacional da ilha vizinha de Lombok, quando as cinzas se começaram a deslocar para leste.
As autoridades indonésias ordenaram a distribuição imediata de máscaras, dado que as cinzas vulcânicas continuam a cair em inúmeras aldeias.
Um responsável pela agência nacional para a gestão de desastres (BNPB) citado pela Associated Press, justificou a elevação do nível de alerta pelo facto de o vulcão ter começado a expelir magma. No entanto, disse que não esperava uma erupção de grandes dimensões.
Previamente, a zona de exclusão em torno do vulcão variava entre 6 e 7,5 quilómetros.
A última grande erupção deste vulcão ocorreu em 1963 e matou cerca de 1.100 pessoas.
Bali é o principal destino turístico da Indonésia, com uma afluência mensal de cerca de 200 mil turistas estrangeiros, segundo dados oficiais.
O arquipélago da Indonésia assenta sobre o chamado “Anel de Fogo” do Pacífico, uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica que é sacudida por milhares de sismos por ano, a maioria moderados.