Fontes governamentais, citadas pela agência Efe, dizem que Younes Abouyaaqoub carregava um cinto de explosivo no momento que foi abatido pelos agentes dos Mossos D’esquadra, a polícia da Catalunha, desconhecendo-se ainda se o cinto era falso. Era o único suspeito que se pensava estar ainda em fuga.
Os investigadores identificaram Abouyaaqoub como o condutor do veículo que matou 13 pessoas e feriu mais de uma centena nas Ramblas, na quinta-feira.
Com esta morte e a do imã Abdelbaki Es-Satty, suspeito de estar na origem da célula ‘jihadista’ responsável pelos atentados na Catalunha, a célula terrorista é dada pelas autoridades como desativada.
As forças de segurança espanholas encontraram esta segunda-feira a carrinha do imã de Ripoll a 15 quilómetros de Alcanar, localidade onde se situa a casa que explodiu na véspera do atentado em Barcelona.
“Os restos do imã estavam lá”, declarou, numa conferência de imprensa em Barcelona, o major Josep Lluis Trapero, referindo-se à casa onde o grupo estava a preparar os ataques, destruída por uma forte explosão na quarta-feira à noite, a 200 quilómetros de Barcelona, menos de 24 horas antes dos atentados que fizeram 15 mortos e mais de 120 feridos na capital catalã e na estância balnear de Cambrils, Tarragona.
Segundo Trapero, a célula terrorista está finalmente neutralizada, agora que foram localizados os 12 elementos que a integravam, identificados pelas autoridades: quatro dos suspeitos estão detidos e oito estão mortos — cinco deles abatidos a tiro pela polícia em Cambrils e outros dois mortos na explosão da casa de Alcanar -, precisou o chefe da polícia catalã.
A casa que explodiu serviria de base de operações da célula, que prepararia há cerca de seis meses um ou mais atentados na Catalunha. A polícia encontrou na vivenda em Alcanar, a 200 quilómetros a sudoeste de Barcelona, 120 botijas de gás.
Terá sido a explosão na quarta-feira a levar os terroristas a optarem pelo atropelamento em massa na Rambla, a mais movimentada avenida de Barcelona, na quinta-feira, a que se seguiu o incidente em Cambrils já na madrugada de sexta-feira.
No total, segundo dados oficiais atualizado hoje, 15 pessoas morreram nos dois atentados, incluindo duas portuguesas.