Desta vez à Newsweek, depois de, em abril ter dado ao The Telegraph uma entrevista inédita em que revelou como lidou com a morte da mãe, o príncipe Harry faz declarações sobre a sucessão ao trono, sugerindo que, na realidade, é um lugar que ninguém deseja ocupar.
“Se há alguém na família real que queria ser rei ou rainha? Não me parece, mas vamos cumprir os nossos deveres na altura certa”, assegurou Harry, de 32 anos. “Estamos envolvidos na modernização da monarquia britânica. Não fazemos isto por nós, mas pelo bem do povo”, considerou.
Na entrevista, no Palácio de Kensington, em que falou da sua vida, do futuro da monarquia e, mais uma vez, da morte da mãe, o membro da família real britânica confessou ainda que muitas vezes desejou não ser “o príncipe Harry”, embora se declare consciente das possibilidades de fazer a diferença que essa condição lhe abre.
Quanto à “magia” real, Harry garante que “as pessoas ficariam surpreendidas pela vida normal” que ele e o irmão, William, têm. “Faço as minhas próprias compras. Mesmo que fosse rei, continuaria a fazer as minhas próprias compras”, assegura.
Sobre a morte de Diana, quando tinha 12 anos, Harry, que revelou pela primeira vez, em abril, como lidou com os acontecimentos, recorda como lhe foi penoso caminhar atrás do caixão da mãe, considerando que isso “não devia ser pedido a uma criança fosse qual fosse a circunstância”.
“A minha mãe tinha morrido e eu tive de andar durante muito tempo atrás do seu caixão, rodeado por milhares de pessoas a olharem para mim, enquanto outros milhões viam na televisão”, lamenta.