Todas as opções estão em cima da mesa para deter a Coreia do Norte, incluindo ações militares, referiu, ontem, o Secretário de Estados dos EUA, Rex Tillerson, numa visita à Coreia do Sul. Desta forma, Tillerson diz que será colocado um ponto final à forma como o antigo presidente, Barack Obama, lidava com a situação, através de um método a que apelidou de “paciência estratégica”.
A tensão no nordeste asiático foi intensificada com a decisão da Coreia do Norte em avançar com o programa de mísseis e com a intenção dos EUA em implementar, na Coreia do Sul, um sistema de defesa antimíssil – uma medida já acordada com o país, mas que não recebeu uma boa reação por parte da China.
A Coreia do Norte ameaçou testar um míssil intercontinental e já lançou, por duas vezes este ano, mísseis de médio alcance. A primeira delas aconteceu quando Donald Trump jantava com o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe e, a segunda, no início deste mês.
“Estamos a explorar um conjunto de novas medidas diplomáticas, de segurança e económicas. Todas as opções estão na mesa”, declarou o Secretário de Estado, dizendo também que, embora os EUA não pretendam um conflito militar, se as ameaças do programa de armas norte-coreano o justificarem, irão agir.
Tillerson também acusou a China, aliada da Coreia do Norte, de não estar a fazer tudo o que está ao seu alcance para a controlar. “Não acredito que tenhamos alcançado totalmente o nível máximo de ações que podem ser tomadas ao abrigo da resolução do Conselho de Segurança da ONU, com a plena participação de todos os países”, disse.
A China tem-se oposto ao desenvolvimento do High Altitude Area Defense na Coreia do Sul (isto é, de um sistema de defesa contra mísseis) e tem sido muito cautelosa no que toca a ações que possam destabilizar o regime norte-coreano e potenciar o caos junto à sua fronteira.