O vídeo começa com a confissão de Mustafa, um ex-combatente. “Por um lado, eles parecem terroristas. Por outro, soam simplesmente a pessoas que querem praticar a sua religião à vontade. Daí o meu dilema: já não sei o que é certo nem o que é errado.” É um dos cerca de 300 jovens alemães que estiveram na fileiras do Daesh na Síria e agora estão detidos na prisão juvenil de Wiesbaden, onde integra um programa-piloto do governo que procura reabilitá-los – usando para isso o estudo do Corão e técnicas do psicodrama. O projeto, como conta o The Guardian, é conduzido por um diretor de teatro, Arne Cechow, e um iman, o alemão convertido ao Islão, Martin Husamuddin.
“Estes jovens estão muito vulneráveis a radicalismos muito por causa do desconhecimento que têm da religião”, consagra o iman. “Isso é o que os torna perigosos, quando são invadidos por sentimentos como a revolta e o descontentamento.”
A cena seguinte mostra um jovem com uma barra negra pintada na zona dos olhos, a correr em cima de um estrado, enquanto grita: “Onde estás, Alllah? Deixa-me morrer…”. O iman explica: “Se alguém está vulnerável, devemos ajuda-lo a libertar o stress, dando-lhe ferramentas para lidar com os seus sentimentos. Nunca acentuar ou fazê-lo sentir-se mal com isso.”
Sob o nome de “Bare Handed” ( Desprotegidos), o projeto piloto quer ainda ser um documentário, caso consiga os 17 mil euros a que se propõe. A campanha de crowdfunding decorre na plataforma Indiegogo.