
A mulher do fanático ministro de propaganda de Hitler, Goebbels, nascida a 11 de Novembro de 1901, era considerada o protótipo da mãe perfeita, modelo do Terceiro-Reich. Tão fanática da causa nazi que preferiu morrer e matar os seus seis louros filhos, no bunker de Hitler, quando tudo já estava perdido, a favor dos aliados, em Berlim, a 30 de Abril de 1945.
Na verdade, revelam agora documentos, uma descoberta casual do historiador Oliver Hilmes nos arquivos de Berlim, o pai biológico de Magda era um comerciante judeu, chamado Richard Friedlander. Nunca levantou suspeitas por usar o apelido de solteira da mãe – e por esta se ter casado, pouco depois, com um industrial alemão, Oskar Ritschel, que sempre recusou adotar a menina.
Este segredo da esposa de um dos mais importantes líderes nazis do Terceiro Reich podia tê-la condenado ao campo de concentração, no entanto, ela sempre soube ocultá-lo. Afinal nas veias da “mãe-modelo do Terceiro Reich”, matriarca da “família ariana ideal”, que todas as mulheres nazis deveriam imitar, corria sangue judeu.
Por ser judeu, o pai de Magda foi enviado para o campo de concentração de Buchenwald – e a filha, que tinha todos os meios ao seu dispor para o ajudar, nunca tentou sequer salvá-lo da morte, em 1938.