Os terroristas do Daesh já não têm 31 mil combatentes na Síria e no Iraque. Atualmente, estima um relatório recente dos serviços secretos norte-americanos, o número não passará dos 25 mil “soldados”.
“A redução do número de combatentes reflete a combinação de uma série de fatores, das mortes em combate às deserções, passando pelas ações disciplinares internas, à queda no recrutamento e às dificuldades que os combatentes estrangeiros enfrentam para entrar na Síria”, refere Emily Horne, porta-voz do National Security Council.
O Daesh não tem apenas menos combatentes – desde há um ano a esta parte, o autodenominado Estado Islâmico perdeu 14% dos seus territórios (ver mapa), ou seja, 13 mil quilómetros quadrados.
Embora tenha conquistado, em 2015, cidades como Palmira, na Síria, foram mais as perdas do que os ganhos. Já não controlam Tikrit, por exemplo, ou Tal Abyad, cuja perda significou também um pesado golpe nas suas finanças.
A participação dos russos na guerra da Síria teve os seus efeitos, assim como a coligação liderada pelos Estados Unidos, os combatentes curdos ou as forças iraquianas.
Acontece que “animal ferido é perigoso”, como bem demonstram os ataques à capital da Bélgica. Mas, ironicamente, estes atentados são mais uma expressão de fraqueza do que de força, à medida que o Daesh vai perdendo o gás no Médio Oriente.