Vittorino Casamonica, que morreu aos 65 anos e era conhecido como o “Rei de Roma”, tinha sido identificado pelas autoridades como o líder do clã Casamonica, ativo no sudoeste de Roma. Centenas de pessoas prestaram-lhe quinta-feira a sua última homenagem, na igreja San Giovanni Bosco, numa cerimónia que foi consensual.
Os cartazes colocados à porta da igreja continham frases como “Conquistaste Roma, agora conquistarás o paraíso”, exibindo imagens de Vittorino Casamonica, do Coliseu de Roma e da Basílica de São Pedro.
O clã é acusado de vários crimes, incluindo extorsão e chantagem, e o próprio Vittorino Casamonica foi alvo de várias investigações.
À agência de notícias italiana Ansa, o padre Giancarlo Manierique garantiu que no interior da igreja o funeral foi celebrado de forma habitual e normal.
O funeral foi transmitido, ao longo da tarde pelas televisões italianas, mostrando um helicóptero a lançar pétalas sobre a multidão.
Os políticos Arturo Scotto e Celeste Constantino, do partido de extrema-esquerda, SEL, demonstraram o seu desagrado num comunicado escrito: “Estes funerais podem parecer um costume folclórico, mas na realidade servem para enviar uma mensagem muito clara de impunidade: nós ainda existimos e somos poderosos”; “Isto é inaceitável num Estado democrático”.
O Presidente da Câmara de Roma, Ignazio Marino, também exige saber como é que o funeral pode decorrer desta forma e, no Twitter, classificou como “intolerável que os funerais sejam usados de forma a enviar mensagens da máfia”.