Diz-se que a história não se repete, mas rima. E, definitivamente, rimou no caso de Miguel Pinto Luz. O avô, natural de Argela, Caminha, migrou para Cascais sem quase nada nos bolsos, começou como bagageiro num hotel e chegou a vereador da câmara municipal, durante a ditadura. O neto, nascido em Lisboa numa família de classe média, não tendo de migrar grande coisa nem de começar do nada, desembocou no mesmo sítio, um degrau acima.
Entretanto, ao fim de 13 anos como vice-presidente da Câmara de Cascais e já com uma gorda coleção de cargos políticos e públicos, Pinto Luz sobe ao Governo, para ocupar a posição cimeira de um dos ministérios mais desafiantes neste executivo, assente em solos pantanosos, como a habitação e o novo aeroporto de Lisboa.