O Vaticano recebeu um pedido de resgate em troca de dois documentos escritos por Miguel Ângelo, e que foram roubados dos arquivos da Sede da Igreja Católica há 18 anos.
O roubo dos documentos – um deles, uma carta com a assinatura do artista Renascentista que pintou a Capela Sistina, concebeu parte da Basília de São Pedro e que esculpiu estátuas como as de David e a Pietá – só foi tornado público este domingo.
Segundo um relatório do jornal romano Il Messagero, no domingo, o porta-voz do Vaticano, o Padre Federico Lombardi, revelou que um cardeal da Basílica de São Pedro tinha sido contactado por uma pessoa que se ofereceu para recuperar os documentos por “um certo preço.”
O jornal referiu que a pessoa, descrita como um ex-funcionário do Vaticano, tinha pedido em troca cem mil euros. Segundo Lombardi, o cardeal “naturalmente recusou porque se trata de documentos roubados.”
O porta-voz disse que o roubo foi comunicado por uma freira que trabalhava nos arquivos dos Vaticano, em 1997, mas não explicou a razão pela qual não foi divulgado o crime.
Embora o jornal fizesse alusão apenas a uma carta, assinada por Miguel Ângelo, que viveu entre 1475 a 1564, o porta-voz afirmou que dois documentos estão desaparecidos. Acrescentou ainda que a polícia do Vaticano está a investigar este caso, juntamente com a polícia italiana.
Nem o porta-voz nem o jornal divulgaram quaisquer pormenores acerca dos documentos, que foram levados dos arquivos do departamento do Vaticano que se ocupa da manutenção da Basílica, conhecido como Fabbrica di San Pietro.