513 pais foram detidos esta semana na cidade paquistanesa Peshawar depois de terem impedido que os seus filhos fossem vacinados contra a poliomielite. Os familiares só serão libertados depois do pagamento de uma caução, disse à CNN o comissário de Peshawar, Riaz Khan Mehsud.
Para além disso, os pais serão ainda obrigados a assinarem uma declaração onde confirmam a autorização do plano de vacinas contra a polio.
Embora não se conheça razão aparente, o número de crianças que não foram vacinadas está a causar impacto na região.
As autoridades da província de Khyber Pkhtunkhwa esperam assegurar que 2.7 milhões de crianças recebam a vacina ao longo desta campanha. Mas, desde que a mesma começou há duas semanas, foram conhecidos 13 mil casos de pais que não deixavam que os filhos fossem vacinados.
“Em primeiro lugar os trabalhadores tentaram convencê-los, depois os supervisores, e finalmente os membros seniores da comunidade”, disse ao canal norte-americano o Dr. Bilal Ahmad, líder da equipa da UNICEF no Paquistão.
“Esta ação governamental é o último esforço para erradicar a poliomielite”, sublinhou.
Segundo a Global Polio Erradication Iniciative é nos países sul-asiáticos, como o Paquistão, onde têm surgido, nos últimos anos, mais casos de poliomielite. Foi nessa precisa região que se registaram nove dos 10 casos de polio desde o início deste ano.
A poliomielite é uma doença altamente infecciosa que atinge, numa primeira instância, crianças e que muitas vezes leva à paralisação e à morte. O vírus está praticamente erradicado, embora continue a ser um problema no Paquistão.