Depois de acusado por vários especialistas, Thamsanqa Jantjie disse ao jornal local “The Star” que sofreu um “episódio esquizofrénico” enquanto estava no palco. Durante o evento perdeu a concentração, deixou de conseguir ouvir o que estava a ser dito e começou a ouvir vozes na sua cabeça. O intérprete em causa disse, ainda, que não sabe se foi a magnitude do evento ou a alegria por participar na homenagem a Mandela que originou o ataque esquizofrénico no palco.
Vários especialistas em língua gestual disseram que Jantjie não fez a tradução dos discursos nem para o africâner, nem para o inglês. Wilma Newhoudt, membro do parlamento sul-africano, que também é surda, diz que o tradutor não comunicava nada com as mãos, nem com os braços.
Segundo o jornal “The Star”, existem, de facto, fotos e documentos mostrados pelo homem que confirmam que ele tem qualificações para atuar como intérprete de língua gestual e que, de momento, exerce funções como tal.
Apesar de se ter apercebido do sucedido, Jantjie conta que não conseguiu sair do palco e, por isso, continuou a fazer gestos, mesmo que sem sentido. “A vida é injusta. Esta doença é injusta. Qualquer um que não entenda esta doença vai pensar que estou a inventar tudo. Tentei controlar-me e não mostrar ao mundo o que estava a acontecer. Peço desculpas”, acrescenta Thamsanqa Jantjie ao jornal.