A inusitada onda de roubo de um produto tão específico – são sempre embalagens de três litros de Tide – está a intrigar as autoridades norte-americanas. Para já, a pista que têm é que o detergente tem aparecido, esporadicamente, em posse de traficantes de droga, o que deixa em aberto duas hipóteses: que o detergente seja usado como ingrediente numa nova droga sintética ou, pelo contrário, como uma moeda de troca para a compra e venda de estupefacientes. Os frascos, que se vendem nos supermercados por cerca de 12 euros, poderiam depois ser negociados no mercado negro por 4 a 7 euros.
Na segunda-feira, as autoridades revelaram que, durante uma investigação recente, um agente à paisana tentou comprar cocaína a um traficante, mas este ofereceu-lhe garrafas de Tide.
Os roubos foram detetados um pouco por todo o país, desde Nova Iorque a Oregon. No estado no Minnesota, foi detido um suspeito de ter roubado detergente no valor de 19 mil euros, ao longos dos últimos 15 meses.
“É um mistério estarem a roubar só Tide e não outro detergente”, admite um chefe da polícia, Bud Shaver. “É desconcertante”.