A cerimónia comemoração do Dia da Austrália vai ficar, certamente, na memória de Julia Gillard e do líder da oposição, Tony Abbot, que não ganharam para o susto quando viram o restaurante onde se encontravam ser rodeado por 200 manifestantes aborígenes, em fúria, que começaram a bater contra as janelas e portas do estabelecimento. A chefe do Governo australiano e o adversário político acabaram por ser escoltados, ao fim de 20 minutos, por mais de 50 polícias. Perseguida pelos aborígenes, a primeira-ministra ainda perdeu um sapato, agora considerado um “troféu de guerra” pelos manifestantes.
Na origem do tumulto estão afirmações de Tony Abbott, que sugeriu que a embaixada aborígene, criada há 40 anos, pode ser agora extinta, uma vez que, alega “muita coisa mudou para melhor”. A embaixada é um acompamento montado nas imediações do parlamento.
Para os aborígenes, o Dia da Austrália é o “Dia da Invasão”, desde quando se mantém montado o acampamento “embaixada”.