Apesar de preso, Kim “Dotcom” Schmitz, fundador do Megaupload, diz-se inocente das acusações de pirataria pela internet e branqueamento de capitais.
O alemão, que viu reforçadas as medidas de prisão preventiva pela justiça da da Nova Zelândia, continua a negar todas as acusações. Contudo, a procuradora que o ouviu disse que libertar Kim Dotcom seria um perigo, por ter acesso a fundos, múltiplas identidades e um histórico de fugir de acusações criminais.
Em reação, o advogado do fundador da Megaupload, David McNaughton, disse que o seu cliente não irá fugir nem retomará à sua actividade.
Quanto a questão de aplicar uma fiança, o advogado não se mostrou confiante, entendendo que esse é um caso muito complicado para uma decisão imediata, mas que se pronunciará quarta-feira (25).
O FBI encerrou o Megaupload na quinta-feira (19), sob acusação de causar prejuízos na ordem de 500 milhões de dólares referentes a detentores de direitos de autor.
As autoridades dos EUA querem ainda extraditá-lo, sob alegação de ter traçado um plano que já lhe permitu arrecadar 175 milhões de dólares em poucos anos com as cópias e distribuição sem autorização de músicas, filmes e outros conteúdos protegidos por direitos de autor.
O encerramento do Megaupload pelo FBI e do Filesonic aconteceu logo a seguir que diversos sites, incluindo a Wikipédia e a Craigslist, retiraram seus sites do ar em protesto contra dois projetos de lei antipirataria que estão em discussão nos Estados Unidos.
Os dois projetos tem o apoio de empresas de entretenimento, constantes alvos de pirataria, mas são repudiados por companhias de internet, como Google, Facebook, Amazon e Twitter, que a interpretam como medidas de censura aos sites e à liberdade de expressão.