Oneal Ron Morris, um norte-americano de 30 anos, foi preso na sexta-feira na Flórida, EUA, por praticar medicina sem licença. Em causa está o ato médico praticado por Morris numa mulher que procurava um cirurgião plástico que lhe ajudasse a ter um corpo mais curvilíneo.
Oneal injetou uma mistura de cimento, super-cola, óleo e selante de pneus nas nádegas da vítima, que posteriormente precisou de assistência médica.
O suposto médico injetou a mistura tóxica em vários pontos das nádegas da mulher e assegurou-a de que a dor era normal. Segundo o sargento da polícia de Miami Gardens, Bill Bamford, Morris terá alegadamente dito à mulher “Não te preocupes, vais ficar bem. Continuamos a injetar-te isto e tudo vai ao sítio”.
Os procedimentos eram realizados nas várias casas do acusado, que enfrenta agora um processo por praticar medicina sem licença e por causar danos físicos à vítima.
Segundo o The Miami Herald, o suspeito, que se identifica como uma mulher, também se injetou com esta mistura de substâncias e os investigadores do caso acreditam que Oneal deverá ter feito o mesmo tipo de intervenção a mais pessoas.
“Morris foi apresentado à vítima como alguém que podia ajudá-la a melhorar o seu físico, por isso acreditamos que ele já o terá feito a outras pessoas” disse ao The Miami Herald, Bill Bamford, sargento da polícia de Miami Gardens.
A polícia local vigiava Morris há cerca de um ano, e sabia que ele mudava de residência muitas vezes para desviar a atenção dos investigadores do caso. Oneal Morris conduzia um Mercedes preto – o carro que ajudou na sua identificação e detenção na passada sexta-feira.
A vítima, cujo nome não foi revelado por questões de sigilo profissional médico, pagou 700 dólares pelo conjunto de intervenções em maio de 2010. O falso médico foi-lhe recomendado por uma pessoa amiga.
Bamford adiantou ainda ao The Miami Herald que a vítima estava com receio de falar sobre o assunto. Deslocou-se a dois hospitais no sul da Flórida com dores abdominais graves e feridas infetadas nas nádegas acompanhadas de sintomas típicos de uma gripe, mas acabou por ir embora sem revelar o sucedido aos médicos que a assitiram.
A mãe da vítima levou-a depois a um outro hospital, onde os médicos, segundo Bamford “estavam cientes de que nenhum médico no seu juízo perfeito faria uma coisa destas”.
A vítima permanece no hospital após intervenção cirúrgica.