O líder da Family Radio Internacional estava desaparecido desde sábado, depois de à hora prevista para o fim do mundo – cerca das 18h00 de dia 21 – não ter acontecido nada. Harold Camping reapareceu segunda-feira à noite para explicar que se sentiu tão mal por ver que a sua profecia não se cumpriu que procurou refúgio num motel, com a mulher. E uma das razões para Camping se sentir “terrível” será certamente o facto de ter gasto vários milhões de dólares, muitos doados por seguidores, em mais de 5 mil cartazes e veículos para anunciar o fim do mundo.
Preparados que estavam para o apocalipse, os seguidores desta igreja independente, que chegaram, em alguns casos, a despedirem-se dos seus empregos e a desfazerem-se dos seus bens, procuram agora lidar com… estar tudo na mesma. Uns queixam-se do ridículo a que foram expostos e dizem sentir-se como se tivessem levado uma bofetada no rosto.
Harold Camping explicou, então, na segunda-feira, que já compreendeu o que correu “mal”: o dia 21 de maio era, afinal, um “Dia do Julgamento” apenas “espiritual”. A destruição, essa, fica adiada para daqui a cinco meses, a 21 de outubro. No entanto, desengane-se quem pense que vai haver nova campanha de sensibilização dos fiéis para o fim do mundo – o “julgamento” foi no sábado, portanto não vale a pena continuar a avisar as pessoas, avançou.
Sobre o facto de muitos se terem desfeito de todas as suas poupanças, o líder da Family Radio esclareceu que nunca disse a ninguém o que fazer com os seus pertences. “Não estamos no ramo dos conselhos financeiros”, disse. Mas, deixa o aviso sobre o 21 de outubro, dizendo que não se desfaria de nada…