Depois de terem anunciado a suspensão da lapidação de Sakineh Ashtiani, pelo crime de adultério, as autoridades iranianas dizem agora que ainda estão a estudar o caso e que a mulher poderá ainda ser enforcada, por envolvimento na morte do marido
A comunidade internacional aplaudiu, em julho, a decisão do Irão de suspender a condenação à morte por apedrejamento de Sakineh Ashtiani, pelo crime de adultério, mas a iraniana, de 43 anos, não pode respirar de alívio.
Uma agência de notícias não oficial iraniana dava conta, na segunda-feira de declarações do procurador-geral do Irão, Gholam Hussein Mohseni Ejei, que teria anunciado a condenação à morte por enforcamento, pena relativa à sua alegada cumplicidade no assassínio do marido.
Esta terça-feira, no entanto, o porta-voz do ministério iraniano das Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast, veio anunciar que a análise do caso de Sakineh Ashtiani ainda não está concluído.
“Os dois temas (a acusação de homicício e a de adultério) devem ser examinados”, disse Mehmanparast.