Segundo o jornal electrónico russo SeaNews, que cita informações difundidas pelo Ministério dos Transportes e da Marinha de Guerra da Rússia, o Centro de Coordenação e Salvamento Naval do Ministério dos Transportes da Rússia enviou ao organismo homólogo português “um pedido de informações sobre o navio desaparecido e apelou que, se as tivesse, as comunicasse aos navios que navegam na zona”.
O jornal electrónico escreve que esse pedido foi enviado depois de a companhia Solchart Arkhangelsk, proprietária do navio, ter recebido um telefonema anónimo que comunicava o desvio do navio.
Segundo esse jornal, o navio devia chegar a um porto argelino no dia 4 de Agosto e ele encontrava-se na latitude de Lisboa a última vez em que houve contacto com ele, no dia 1 de Agosto.
“Às 02h44 de 9 de Agosto foi recebida a resposta de Lisboa, onde se afirma que as autoridades da Finlândia estão a investigar o caso do navio e que não dispunham de quaisquer informações sobre o navio”, acrescenta o SeaNews.
“Segundo informações do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal transmitidas à Embaixada da Federação da Rússia, a Marinha de Guerra de Portugal declarou que esse navio não se encontra nas águas territoriais de Portugal”.
Navio desaparece com 13 ou 15 tripulantes
Na véspera, a Marinha de Guerra da Rússia admitiu que o “Arctic Sea”, que navegava com bandeira de Malta e com uma tripulação russa de 13 ou 15 membros, teria desaparecido nas águas territoriais portuguesas, tendo anunciado o início de operações de busca.
Na sexta-feira passada, a rádio finlandesa YLE informou que o navio teria sido desviado no Mar Báltico, quando navegava da cidade de Ikovstadt rumo à Argélia. Um grupo de homens mascarados, que se apresentaram como agentes da polícia, entraram no navio e realizaram uma busca de longas horas.
Segundo o diário Helsingin Sanomat, citando autoridades portuárias espanholas, o navio de carga não atravessou ainda o Estreito de Gibraltar.
Em declarações à imprensa russa, Mikhail Voitenko, director da revista electrónica Sovfakht, que tornou pública a notícia do desaparecimento do navio, admite que o navio não transportava apenas madeira.
“Pode-se afirmar com alto nível de probabilidade que tudo isto aconteceu devido a uma carga qualquer ou material a bordo”, declarou ele à agência ITAR-TASS.
Voitenko foi mais concreto nas declarações que fez ao diário Izvestia: “Talvez transportassem droga”.