“Em 2023, o maior seguro agrícola do país prevê uma indemnização líquida que passa de 30 para 35 cêntimos por kg [quilograma] de uva perdido e, em caso de incêndio na vinha, a produção do ano fica coberta, tal como a produção dos dois anos seguintes, a replantação das videiras, o arame e postes de sustentação”, anunciou a CVRVV, em comunicado.
A apólice de seguro de colheitas de cerca de 13 mil viticultores da região fica assim reforçada, abrangendo acidentes climáticos “como queda de raio, escaldão, geada, granizo, queda de neve, tornado, tromba de água, desavinho e risco de incêndio na vinha”.
“Os preços contratados pela CVRVV para valorizar a produção em escalão superior permitem que o produtor valorize a uva num de vários escalões até um euro por kg, o que se traduz em indemnizações mais elevadas em caso de sinistro, o que beneficia a valorização de mercado”, explica a comissão.
A presidente da direção da CVRVV, Dora Simões, citada no comunicado, disse que é “dever” da comissão “garantir maior estabilidade e uma cada vez maior valorização da uva” na região.
“A Região dos Vinhos Verdes foi pioneira na criação de condições que protegem os viticultores e a sua produção”, afirmou, procurando assim, “a cada ano”, melhorar a apólice do seguro de colheitas, inicialmente contratado em 1997.
A Região dos Vinhos Verdes abrange 48 concelhos do noroeste do país, conta com cerca de 16 mil hectares de vinha, aproximadamente 15 mil produtores de uva e cerca de 370 engarrafadores com marca própria.
Cerca de metade dos 150 a 170 milhões de euros do volume de negócio do vinho verde, à saída dos produtores, destina-se à exportação.
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