Mais habituadas a contratar do que a despedir, as grandes empresas tecnológicas de Silicon Valley estão a atravessar um dos momentos mais conturbados das suas vidas. Na semana passada, o novo dono do Twitter, o multimilionário Elon Musk, decidiu eliminar cerca de metade dos postos de trabalho da empresa que tinha comprado uma semana antes por 44 milhões de euros. O anúncio foi feito via Twitter e os 3 700 funcionários dispensados ficaram a saber que já não trabalhavam na empresa quando deixaram de ter acesso ao email profissional.
As explicações de Musk acabariam por chegar mais tarde e, em boa parte, por causa da pressão social que este processo acabou por gerar, mesmo numa sociedade como a norte-americana. Vários funcionários avançaram com processos judiciais, alegando que a empresa violou várias leis federais e estaduais e algumas organizações não governamentais apelaram aos anunciantes para “deixarem” o Twitter, advogando que a plataforma não terá meios suficientes para assegurar a moderação e a segurança dos conteúdos.