Segundo a mesma fonte, não faltam clientes, mas a produção está a sofrer o impacto dos problemas verificados na cadeia de abastecimento, “que está a prejudicar a indústria automóvel”.
“No primeiro trimestre quase não fomos impactados. Outras empresas da indústria automóvel pararam várias vezes e nós, felizmente, não parámos. Mas agora, em abril, começámos a sentir esses efeitos”, explicou.
Como se trata de “uma situação completamente imprevisível”, a empresa decidiu avançar para o regime de ‘lay-off’ tradicional por seis meses, esperando que, a partir de outubro, a situação normalize.
Neste âmbito, foi adiada a intenção (anunciada no início deste ano) de ter um turno adicional de produção a partir de maio.
“É um adiamento. Suspendemos temporariamente, mas acreditamos que no segundo semestre as coisas poderão melhorar um bocadinho”, referiu.
A mesma fonte lembrou que, no ano passado, a Stellantis — que tem cerca de 900 trabalhadores — também teve de recorrer ao ‘lay-off’, mas este deixou de ser necessário a partir de outubro. A fábrica foi obrigada a parar várias vezes devido à falta de semicondutores e teve de ajustar a sua produção ao não fornecimento de peças.
Em janeiro deste ano, o Centro de Mangualde da Stellantis anunciou que pretendia ter, a partir de maio, um turno adicional de produção, que permitiria criar novos postos de trabalho diretos e indiretos.
Esta previsão era feita com base no “sucesso dos veículos comerciais ligeiros da Stellantis” (Peugeot Partner, Citroën Berlingo e Opel Combo), que permitiria ter mais um turno de produção a operar uma vez por semana.
A criação de mais este turno permitiria ao centro “aproximar-se da sua capacidade produtiva máxima para responder à procura crescente daqueles modelos líderes no mercado europeu”, justificou, em janeiro.
AMF // CSJ