O ‘Innovation District’, que hoje foi apresentado, é um projeto da Universidade NOVA de Lisboa e de um grupo de proprietários da zona do Monte da Caparica e de Porto Brandão que promete uma nova centralidade e a internacionalização da região da grande Lisboa.
“O principal ativo para triunfar na economia do conhecimento são as pessoas, o seu talento e as redes que estabelecem entre si. É esta a génese do ‘Innovation District'”, afirmou o vice-reitor da Universidade NOVA de Lisboa, José Ferreira Machado, que disse acreditar na concretização da primeira fase do projeto num horizonte de dez anos, até 2030.
E, como as pessoas precisam de “sítios para viver e para interagir, lugares onde possam residir, trabalhar, conversar e usufruir dos seus tempos livres”, são necessárias “cidades como aquela que irá nascer em Almada e que irá reforçar a internacionalização da região da grande Lisboa”, acrescentou.
O vice-reitor da Universidade NOVA de Lisboa adiantou ainda que alguns projetos, como as obras no campus da Faculdade de Ciências e Tecnologia — edificação da parte desportiva, de uma superfície comercial e fase I do ‘hub’ de inovação – deverão começar ainda este ano, dado que parte dos financiamentos são comunitários e terão de ser concretizados até final de 2023.
Na apresentação do projeto, a presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros (PS), salientou o envolvimento dos investidores públicos e privados, nacionais e estrangeiros, na adaptação daqueles que eram os seus projetos iniciais num projeto comum mais ambicioso, no âmbito de uma estratégia comum entre a autarquia e os investidores.
De acordo com os promotores, o ‘Innovation District’ será “uma cidade única e plural, desenhada para elevar a qualidade de vida de cada um dos seus habitantes”, com base no conceito `live-work-play´ [local para viver, trabalhar e para o lazer), sendo que os diversos pontos de atração estarão a uma curta distância de 15 minutos.
“Tendo como ponto central o Campus da NOVA School of Science & Technology [FCT], o ‘Innovation District’ pretende ser uma nova centralidade que coloca o conhecimento, o talento qualificado e a inovação como motor de desenvolvimento e transformação urbana”, é referido uma nota distribuída aos jornalistas na apresentação `online´ do projeto a desenvolver no concelho de Almada, distrito de Setúbal.
Ainda segundo os promotores, pretende-se igualmente que o ‘Innovation District’ se torne, “enquanto espaço de inovação, atrativo para empresas e pessoas, contribuindo para promover o desenvolvimento da Área Metropolitana de Lisboa e alavancando o seu potencial de internacionalização”.
Além disso, acrescentam, é um projeto focado em criar uma comunidade criativa, diversificada, energética e sustentável, inspirada por uma melhor qualidade de vida”.
Entre os proprietários e investidores que se mostraram interessados no potencial inovador do ‘Innovation District’ estão as empresas Cordialequation, Rustik Puzzle, SOSTATE, Maia e Pereira, Cooperativa de Ensino Superior Egas Moniz, Emerging Ocean, Rio Capital, Orbisribalta e a Fundação Serra Henriques.
A par do investimento prometido de 800 milhões de euros, o Innovation District deverá ainda beneficiar de novas acessibilidades e de um conjunto de infraestruturas públicas, designadamente da reabilitação do Porto Brandão e da extensão do Metro Sul do Tejo até à Costa da Caparica.
Na apresentação do projeto não foi referida nenhuma estimativa de custos, nem prazo de execução para estes investimentos públicos, fundamentais para a concretização do ‘Innovation District’.
GR // VAM