Cláudia Azevedo, que faz 48 anos em janeiro, foi sempre a mais parecida com o pai: durona. Quem os conhece diz que têm feitios tão parecidos que os egos chocavam facilmente. Belmiro assumia que tinham o mesmo “killer instinct”. Ambos detestam a palavra “não”.
Talvez por ser a mais nova, foi a única que estudou em Portugal – depois de ter ficado longe dos dois filhos, a mãe Margarida não se quis separar também da filha – e que se licenciou em Gestão na Universidade Católica. Tirou depois um MBA no INSEAD, uma prestigiada escola de negócios.
De aspeto austero – usa frequentemente um fato azul–escuro –, Cláudia é, dos três irmãos, a que menos intervenções públicas faz. Só recentemente tem assumido maior protagonismo, sobretudo porque encabeçou a reestruturação da Sonae Capital, que atua sobretudo nas áreas de turismo e lazer. Foi em 2013 que substituiu o pai na liderança e, desde então, não parou de pôr a casa em ordem.
Pelo pai, sentia uma enorme devoção. Mas, ao contrário deste, não se lhe conhecem grandes atos de rebeldia. Foge dos jornalistas como o diabo da cruz, apesar de ter testado a sua vocação de administradora no jornal Público.
Bárbara Reis, diretora na ocasião, disse dela ao Diário Económico: “É exigente e flexível, sensível e tenaz. Projeta-nos sempre para o futuro e está em constante busca de soluções e ideias inovadoras.” Talvez, por isso, tenha um gostinho especial pelas novas tecnologias.
Na vida social, descontrai quando sai com amigos de longa data e em quem confia.
Tem dois filhos, Lucas, de 15 anos, e Margarida, de 11, também a estudarem na Oporto British School.
Leia na VISÃO desta semana tudo sobre “o pacto dos três herdeiros de Belmiro”.