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Olá América
“Nunca tinha ido à América e os meus pais fizeram um drama antes da viagem. Pensavam que me iam raptar [risos]. A minha avó ofereceu-me 50 euros para ficar [risos] e depois aumentou um bocadinho a parada para me convencer a não ir, mas tive sempre este sonho.”
Ideias não faltam
“Boas ideias há muitas e valem zero no início. Claro que é preciso ter um plano e saber o que se está a fazer, mas eles investem é na pessoa. Veem se consegue não ter nada durante anos e aguentar até as coisas funcionarem.”
Jogos Olímpicos
“Em Silicon Valley competimos com os melhores dos melhores, é como estar nos Jogos Olímpicos. Olho para eles e quero ser como eles. É inacreditável o ritmo a que as coisas acontecem, ganha-se outra mentalidade. E se calhar é por isso que a Talkdesk continua a crescer. Acaba por ser assim em todo o lado: na escola, na faculdade, no desporto. Nas empresas é a mesma coisa. E quando se pensa assim qual é o sítio para se estar? Silicon Valley.”
Criar um legado
“As pessoas perguntam-me porque não vendo a Talkdesk, se alguém oferecer 500, 600 ou 700 milhões. Podia vender por dinheiro que eu nunca mais tivesse de me chatear, mas quero deixar um legado, algo que os meus pais, filhos, netos e bisnetos possam um dia olhar para trás e dizerem: ‘Olha, o Tiago e a nossa família fizeram isto.’ Pelo menos uma vez por mês, recebemos manifestações de interesse de empresas muito maiores, que querem comprar, e nunca sequer perguntei por quanto.”
Controlar o negócio
“Se eu levantar 100 milhões, vem a imprensa toda bater–me à porta, mas prefiro não ter essa publicidade e manter total controlo sobre a empresa. Pergunte à maior parte dos unicórnios que andam aí qual é controlo que têm sobre as empresas. Isto é um jogo a longo prazo, não interessa como começa, interessa é como acaba.”
Portugal in
“Temos provavelmente a melhor equipa de engenharia de qualquer empresa em Portugal. Para vir para aqui é preciso ter curso, de certeza, passar nos desafios que colocamos, nas entrevistas presenciais, nas entrevistas de código. Não é fácil entrar. Só queremos os melhores e pagamos muito acima da média a pessoas acabadas de sair das universidades. Contratamos em todo o lado e a Web Summit ajudou este buzz que faz com que as pessoas queiram vir para Portugal. Ficou muito mais fácil contratar lá fora. Trouxemos agora algumas pessoas da América e, para as convencer, mostrámos-lhes as listas da Forbes que dizem que Portugal é dos melhores países para se viver. Passou de ninguém querer vir para agora todos quererem mudar-se para cá.”
Parte do especial Web Summit da VISÃO 1287