O défice orçamental das administrações públicas fixou-se em 6.344 milhões de euros até setembro, ou seja, 4,9% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com as contas nacionais trimestrais por setor institucional relativas ao terceiro trimestre de 2014, hoje divulgadas pelo INE, nos três primeiros trimestres deste ano, “o saldo global das administrações públicas fixou-se em -6.344 milhões de euros, -4,9% do PIB”, o que compara com um défice de 5,7% no mesmo período do ano passado.
Esta melhoria deveu-se a um “aumento da receita total a uma taxa mais elevada que a despesa”, de 3,3% e de 1,6%, respetivamente, explica o INE, que destaca o aumento da receita com impostos sobre o rendimento e o património (de 5,8%) e com impostos sobre a produção e importação (de 7,4%).
O INE aponta ainda que, no apuramento do saldo das administrações públicas relativo ao terceiro trimestre deste ano, “não se inclui (…) qualquer impacto da recapitalização do Novo Banco efetuada pelo Fundo de Resolução”.
No entanto, o gabinete de estatísticas nacional sublinha a “natureza provisória” do registo desta operação, que é “condicionado pela informação insuficiente sobre o conjunto da operação” e refere que este registo “será reavaliado em março, no contexto da próxima notificação do Procedimento dos Défices Excessivos”.
A necessidade de financiamento das administrações públicas também registou uma diminuição, de 0,5 pontos percentuais, nos 12 meses terminados no terceiro trimestre de 2014 e relativamente ao trimestre anterior, atingindo os 4,3% do PIB, uma melhoria que se deveu a um “aumento da receita mais acentuado que o aumento da despesa”
Prestações da casa no valor mais baixo de sempre
A prestação média dos contratos de crédito à habitação desceu dois euros em novembro face ao mês anterior, fixando-se nos 256 euros, o valor mais baixo da série iniciada em janeiro de 2009, revelou o INE.
A taxa de juro implícita no crédito à habitação situou-se nos 1,401%, o que significa um decréscimo de 0,038 pontos percentuais face à taxa observada em outubro (1,439%).
Em janeiro de 2009, no início desta série estatística, a prestação média da casa era de 382 euros, para uma taxa de juro implícita de 5,79%.
Taxa de poupança cai para 9,7%
A taxa de poupança das famílias caiu para os 9,7% no ano terminado no terceiro trimestre de 2014, face aos 12 meses terminados no trimestre anterior, devido ao aumento do consumo final dos particulares, segundo o INE.
De acordo com as contas nacionais trimestrais por setor institucional, hoje divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a capacidade de financiamento das famílias diminuiu para os 5,4% do PIB no ano terminado em setembro, o que compara com uma capacidade de financiamento de 5,7% nos 12 meses concluídos no trimestre anterior.
Este resultado deveu-se a um “aumento da despesa de consumo final em 0,7% que mais que compensou o ligeiro aumento de 0,1% do rendimento disponível” das famílias.