O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou hoje a insistir na necessidade de aumentar da idade da reforma e os impostos sobre a propriedade nas economias desenvolvidas, para alcançar uma melhor distribuição dos rendimentos nestes países.
Num relatório hoje divulgado, intitulado ‘Política Orçamental e Desigualdades Sociais’, o FMI salvaguarda que cada governo tem diferentes objetivos de redistribuição de rendimentos e que “não há um conjunto de políticas que seja a melhor prática” para uma redistribuição eficiente dos recursos.
No entanto, a instituição liderada por Christine Lagarde deixa algumas recomendações, incluindo o aumento da idade efetiva da reforma, argumentando que isso ia “ajudar a melhorar a sustentabilidade dos sistemas de pensões sem cortar nos benefícios”.
O FMI também a necessidade de aumentar os impostos sobre a propriedade nas economias desenvolvidas, uma vez que “estes impostos são equitativos e eficientes e [que] há margem para os aumentar em muitos países”.
“Há uma margem considerável para explorar este imposto de forma mais completa, quer como fonte de receita, quer como instrumento redistributivo, ainda que uma implementação efetiva exija um investimento significativo em infraestruturas administrativas”, lê-se no relatório hoje divulgado pelo FMI.
Em relação às taxas sobre as transações financeiras, um assunto que tem sido muito discutido na Europa, o FMI considera que estas “podem ter custos sociais significativos”, devido aos elevados custos do capital e ao encorajamento de esquemas que evitem o pagamento do imposto, por exemplo.