Os ministros das Finanças da União Europeia aprovaram no sábado um resgate financeiro ao Chipre, que prevê a cobrança de taxas sobre os depósitos bancários, anúncio que provocou uma corrida às caixas multibanco.
O Governador do Banco de Portugal (BdP), Carlos Costa, assegura que a tributação prevista para o Chipre “não põe em causa nem o mecanismo de garantia de depósitos, nem é transponível para outros países”, numa declaração aos jornalistas sem direito a perguntas à margem da 3.ª Conferência da central de balanços do BdP, que teve lugar em Santarém.
Também a DECO considera “infundado” o receio de o imposto aos depositantes do Chipre poder vir a ser alargado a Portugal, mas reconhece que esta medida pode abalar a confiança dos portugueses no setor financeiro.
“Foi uma medida inesperada, ninguém previa que pudesse ser tomada, e em Portugal pode abalar a confiança dos depositantes no setor financeiro por ser uma medida que causa receio. Mas esse receio é infundado em relação a Portugal e à banca portuguesa”, afirmou o analista financeiro da revista Proteste da DECO, João Sousa, à Lusa.