De acordo com uma simulação feita pela Deco para a Lusa, no caso de um crédito de 100 mil euros a 30 anos para contratos com taxa Euribor a seis meses (cuja média em junho foi de 1,749 por cento) e um ‘spread’ (margem de lucro do banco) de 0,3 por cento, o aumento será de 12,68 euros.
Este empréstimo que atualmente ronda os 372,07 euros mensais sobe para 384,75 euros, caso o Banco Central Europeu (BCE) aumente para 1,50 por cento a sua taxa de referência.
“Há uma normalização das taxas de juro que se impõe. Se não tivéssemos vindo da crise, estaríamos com taxas acima dos dois por cento”, disse à agência Lusa a economista-chefe do BPI, Cristina Casalinho, que considera que a eventual subida não significa uma “política restritiva” do BCE, mas sim uma adaptação do preço do dinheiro ao atual ciclo económico.
“Se não for feito, corre-se o risco de quando a zona euro entrar em abrandamento as autoridades monetárias não terem margem de manobra para atuarem”, considerou