Os associados do SNPVAC reúnem-se esta sexta-feira em Assembleia-geral para debater a proposta de suspensão da greve na sequência do acordo obtido esta madrugada numa reunião com a administração da TAP promovida pelo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino. Na reunião, segundo um comunicado do SNPVAC, o governo e a administração da transportadora aérea portuguesa assumiram o compromisso de, a curto prazo, encontrar uma solução para o impasse, “através de um processo negocial objectivo, estruturado e calendarizado segundo princípios previamente definidos e acordados pelas partes”. Se na Assembleia-geral o acordo de princípio for aprovado pelos tripulantes, a greve de sábado e do sábado seguinte ficam assim desconvocadas. A TAP já tinha admitido que aquela paralisação iria afectar praticamente todas as ligações aéreas da empresa, com excepção dos voos entre o Continente e as Regiões Autónomas, não abrangidos pelo pré-aviso de greve. Na segunda-feira, o presidente-executivo da TAP, Fernando Pinto, tinha afirmado que cada dia de greve pode provocar um prejuízo de cinco milhões de euros à companhia aérea, que até Outubro já registou perdas superiores a 170 milhões de euros. À meia-noite os técnicos de manutenção da TAP iniciaram o primeiro de dois dias de greve, mas a companhia aérea garante que não haverá perturbações na operação. A greve, que será repetida terça-feira, foi convocada pelo Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves (SITEMA), que reivindica uma actualização salarial e a renegociação do Acordo de Empresa (AE). Fonte oficial da TAP disse à agência Lusa que a operação dos voos da companhia aérea não será afectada por esta paralisação.
