Primeiro, em 04 de janeiro, Pinto da Costa comprou 2.740 títulos, a um preço unitário de 1,25 euros, e, na quinta-feira, juntou mais 1.350 ações da SAD portista (1,23), num investimento global de 5.085,50 euros nas duas operações, de acordo com a informação disponível na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O dirigente volta a reforçar ligeiramente a sua posição na sociedade, após um conjunto de transações verificadas entre novembro de 2022 e maio do ano passado e de mais duas em dezembro.
De acordo com o mais recente relatório e contas apresentado pela SAD do FC Porto à CMVM, referente ao exercício da temporada 2022/23, Jorge Nuno Pinto da Costa, de 85 anos, tinha 343.993 ações, correspondentes a 1,53% do capital social, em 30 de junho.
A maioria da SAD pertence diretamente ao clube (74,59%), ao passo que o empresário, antigo futebolista e ex-treinador António Oliveira é o principal acionista individual (7,34%), seguido pelo seu irmão Joaquim Oliveira, através da sociedade Olivedesportos (6,68%).
Pinto da Costa deve juntar-se ao empresário Nuno Lobo, candidato derrotado em 2020, e a André Villas-Boas, ex-treinador da equipa principal de futebol, nas eleições dos órgãos sociais do FC Porto para o quadriénio 2024-2028, que deverão decorrer em abril, numa altura de turbulência em torno do clube, devido à Operação Pretoriano.
Na quarta-feira, a Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve 12 pessoas – incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões (a principal claque do clube nortenho), Fernando Madureira -, no âmbito da Operação Pretoriano, que investiga os incidentes verificados numa Assembleia Geral (AG) extraordinária do clube.
De acordo com documentos judiciais, aos quais a agência Lusa teve acesso, o Ministério Público sustenta que a claque Super Dragões pretendeu “criar um clima de intimidação e medo” na AG do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, na qual houve incidentes, para que fosse aprovada a revisão estatutária, “do interesse da atual direção” ‘azul e branca’.
A Procuradoria-Geral Distrital do Porto divulgou que estão em causa “crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação”.
DN (AJO/RYTF) // NFO