Já passaram quase 10 anos desde que Michael Schumacher teve um terrível acidente de esqui, em dezembro de 2013 na Suíça, onde sofreu uma grave lesão cerebral.
Estava a esquiar fora de pista com o filho, Mick, quando caiu e bateu com a cabeça numa rocha. Apesar de estar a usar um capacete, os ferimentos foram tão graves que foi colocado em coma induzido até junho do ano seguinte.
Nos anos que se sucederam ao acidente foram poucas as informações divulgadas acerca do seu estado de saúde, visto que a família do piloto optou por manter-se muito reservada.
Foi Roger Benoit, jornalista desportivo e amigo de Schumacher, quem, numa entrevista ao jornal suíço Blick, quebrou o silêncio. Apesar de se recusar a fornecer informações específicas sobre o estado de saúde de Schumacher, descreveu a situação do piloto como “um caso sem esperança”. “Não. Só há uma resposta para esta pergunta e é a que o seu filho Mick deu numa das suas raras entrevistas em 2022 – ‘Daria tudo para falar com o pai’. Esta frase diz tudo sobre a situação do pai há mais de 3.500 dias. Um caso sem esperança”, disse Benoit.
Michael Schumacher venceu o campeonato de F1 sete vezes e é considerado um dos maiores pilotos de F1 de todos os tempos, sendo que ele e Lewis Hamilton partilham o maior número de vitórias em campeonatos, com sete cada. Schumacher tem 91 vitórias em corridas, 155 subidas ao pódio, tendo pilotado para a Jordan, Benetton, Ferrari e Mercedes.
O filho de Schumacher, Mick, pilotou para a equipa de Fórmula 1 Haas em 2021 e 2022 e é agora piloto de reserva da Mercedes e da McLaren. Em declarações feitas ao ano passado a jornalistas, Mick falou brevemente sobre o seu pai. “Acho que o pai e eu nos entenderíamos de uma maneira diferente agora. Teríamos muito mais sobre o que falar e é aí que a minha cabeça está a maior parte do tempo, pensando que isso seria tão fixe. Desistiria de tudo só por isso”, disse Mick Schumacher.
A mulher também quebrou o silêncio passado oito anos, em 2021, num documentário da Netflix sobre o piloto intitulado “Schumacher”. “O Michael está aqui”, disse, então, Corinna. “É diferente, mas está cá, e isso dá-nos força, acho eu”, acrescentou. “Estamos a tentar continuar como uma família, da forma como o Michael gostava e ainda gosta. E estamos a seguir com as nossas vidas.”