Na quarta-feira, o Benfica terá no ‘mítico’ San Siro a missão de dar a volta ao 0-2 caseiro, algo que nunca conseguiu nas taças europeias, sendo que, em jogos oficiais, as ‘águias’ vêm de três derrotas seguidas.
“Claro que é um momento complicado para nós, mas estamos a chegar a maio e estamos na Liga dos Campeões e em primeiro na I Liga. O que os jogadores fizeram até aqui foi fantástico. Perdemos algum ‘momentum’, é verdade. Era algo inesperado, mas agora é olhar para a frente”, admitiu Schmidt, na conferência de imprensa de antevisão ao desafio de quarta-feira.
Depois do desaire na Luz, na receção aos ‘nerazzurri’, por culpa dos tentos de Nicolò Barella e do belga Romelu Lukaku, de penálti, o Benfica está obrigado a marcar, pelo menos, dois golos, e manter a baliza a ‘zeros’.
“Precisamos de marcar golos. Já mostrámos esta temporada muitas vezes nas várias provas a capacidade de marcar golo, mesmos em partidas importantes. Temos criado várias oportunidades e aquilo que precisamos é de equilíbrio e do nosso estilo de jogo ofensivo”, apontou o treinador germânico.
E acrescentou: “Precisamos de atacar, mas também de defender, porque o 2-0 é perigoso. Se eles marcarem, ficamos numa situação muito complicada. Vamos ver como será a história do jogo”.
Schmidt sublinhou que é preciso “acreditar” na reviravolta, mas, para tal, o Benfica deve apresentar-se com a “mente limpa e ter um desempenho top”.
O defesa internacional português António Silva marcou igualmente presença na conversa com os jornalistas, para deixar claro que “não há impossíveis” para o líder da I Liga portuguesa.
“Neste clube não há impossíveis, mesmo sabendo que é um 2-0 [desfavorável]. Temos as nossas armas, temos vindo a mostrar um grande futebol este ano. É algo que nos deixa muito orgulhosos, sem dúvida”, manifestou.
Embora reconheça que o atual momento da equipa não é o melhor, o jovem central salienta que, juntamente com os colegas, irá tentar “fazer história” e colocar o Benfica nas meias-finais da ‘champions’.
“Vivo o momento como os meus colegas vivem. São três derrotas que não são normais, é um facto. Mas temos de ver que temos oportunidade de passar às meias-finais, sendo que o Benfica nunca passou as meias nesta nova Liga dos Campeões. Vamos tentar fazer história. Sendo jovem e benfiquista, tenho uma ambição enorme de fazer história. Vamos tentar ser felizes”, desejou.
Por fim, abordou a condição de titular indiscutível na equipa de Roger Schmidt: “Nunca pensei que pudesse acontecer [ser um dos indiscutíveis na equipa principal] e sou um felizardo. Mas, se não passarmos amanhã [quarta-feira], a minha felicidade vai descer um pouco. Não sei se vou jogar ou não, mas vou dar tudo pelo clube”.
O encontro entre o Inter Milão e o Benfica, da segunda mão dos quartos de final da edição 2022/23 da Liga dos Campeões em futebol, realiza-se na quarta-feira, em San Siro, a partir das 21:00 locais (20:00 em Lisboa).
AJC // AJO
