O Campeonato Europeu de Futebol tem início esta sexta-feira, em Saint-Denis, no Stade de France, pelas 20 horas com o jogo entre a França e a Roménia. Setenta mil polícias e militares procuram garantir a segurança de um país ameaçado por terroristas, hooligans e manifestações violentas.
No caso da seleção portuguesa o primeiro jogo está previsto para a próxima terça-feira, às 20h00, frente à Islândia. Segue-se a Áustria (dia 18, às 20h00) e a Hungria (dia 22, às 17h00).
A comitiva portuguesa está instalada em Marcoussis, uma pequena vila, conhecida como a capital do Rugby francês, a cerca de 30 quilómetros da capital francesa. É no centro nacional de Rugby que fica instalado o ‘quartel-general’ da equipa nacional ao longo das próximas semanas.
Terror, greves e futebol
A França mobilizou sessenta mil polícias e militares para a proteção das equipas e espectadores do Euro 2016. Os franceses são um dos povos da Europa que mais gostam de farra e de futebol. Mas será que eles “estão impacientes para se divertirem no Euro 2016”, e esquecerem os dramas dos atentados e o estado de urgência em vigor desde os ataques de 13 de novembro? Esquecer as greves, as ocupações de praças públicas pelo movimento Nuit debout e as longas semanas de violências urbanas à margem das manifestações de protesto contra a reforma da lei do trabalho?
O Presidente François Hollande preveniu nos últimos dias que “uma ameaça séria de terrorismo existe contra o Euro 2016” e que ela “vai perdurar durante muito tempo”. Por seu lado, Patrick Covart, chefe dos serviços secretos franceses (DGSI), não teve rodeios para dizer no Parlamento, a 10 de maio, que há ameaças contra o torneio, proferidas pelo Daesh e a al Qaeda.
“O risco zero não existe”, insistiu o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve.
O sistema foi testado trinta vezes nos últimos dois meses, nomeadamente nos pontos mais perigosos, as fan zone. Estes espaços públicos e abertos, impostos pela UEFA, oferecem ecrãs gigantes a dezenas de milhares de pessoas para seguirem os jogos num ambiente festivo. Mas o perigo de atentados é tal que a prefeitura de Paris já tentou fechar a fan zone da capital, que pode comportar cem mil pessoas.
Seguranças privados suspeitos
A segurança do Euro 2016 é um naturalmente um dos temas em destaque na Imprensa mundial. O jornal francês Le Point publicou um artigo onde revelava que oitenta e dois dos cerca de 3500 seguranças privados contratados para ajudar a vigiar os estádios e locais de concentração de adeptos estão assinalados pelos serviços de segurança franceses. Os 82 colaboravam com várias empresas de segurança privada que vão ajudar a controlar os acessos aos estádios e “fan zones”, a revistar adeptos e a atuar como “spotters” no interior dos recintos desportivos. As oito dezenas de seguranças terão passado numa primeira avaliação realizada pelas empresas que os contrataram, mas foram posteriormente assinalados pelos serviços de informações, como integrantes da “lista S”, que reúne milhares de indivíduos suspeitos de atividades terroristas.
10 de Junho assinalado em Lisboa e…Paris
O primeiro-ministro estará com o Presidente da República nas comemorações do Dia de Portugal, em Lisboa, mas sairá logo após as intervenções protocolares para chegar a Paris um pouco antes do chefe de Estado.
“Todos os detalhes referentes ao programa oficial das Comemorações do Dia de Portugal estão concertados entre o primeiro-ministro e a Presidência da República”, disse à agência Lusa fonte do executivo.
A mesma fonte adiantou que António Costa não vai estar até ao final da cerimónia do Dia de Portugal no Terreiro do Paço, na sexta-feira, de manhã, porque vai viajar num avião militar de carga da Força Aérea, que demorará cerca de três horas e meia a chegar à capital francesa.
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