O julgamento já começou na passada sexta-feira mas foi esta segunda-feira que Ed Sheeran negou ter plágiado da música “Shape Of You”. A denúncia foi feita por dois compositores ingleses – Sami Chokri (Sami Switch) e Ross O’Donoghue – que afirmam que o cantor se inspirou na música “Oh Why” quando compôs o sucesso.
Questionado pelo advogado da acusão, Andrew Sutcliffe, Ed Sheeran afirmou que não conhecia a música de Switch no momento em que foi acusado de copiar algumas “frases particulares” da canção lançada em 2015.
Chokri e O’Donoghue afirmam que o refrão de “Shape Of You” é “surpreendentemente semelhante” ao de “Oh Why”, e que era “extremamente provável” que Sheeran já a tivesse ouvido.
“Sheeran é definitivamente muito talentoso, ele é um génio. Mas ele também é um ‘ladrão comum’. Ele pega nas ideias emprestadas e coloca-as nas suas músicas. Às vezes ele admite, às vezes não”, afirmou a acusação já na sexta-feira, acrescentando que isso varia “dependendo de quem tu és e se ele acha que pode fazer isso e ficar impune”.
Ao juiz, Sutcliffe sublinhou ainda que os seus clientes eram “compositores com um grande talento, que merecem o mesmo respeito que qualquer outro artista e o devido reconhecimento”.
Ed Sherran ainda afirmou não se lembrar de ter conhecido o compositor Sami Chokri, apesar de este alegar que se conheceram numa festa em Londres. “Eu entendo que Chokri disse que eu o conheci e que falei com ele em 2011 na festa de lançamento de Jamal Edwards para SBTV em London Bridge”, disse numa das suas declarações, mas garante não se lembrar: “Não me lembro de ter conhecido ninguém lá além de um senhor chamado Dexter Fletcher, com quem ainda mantenho contacto. Não me lembro de ter conhecido o Sr. Chokri.”
O julgamento, que decorre Rolls Building of the High Court em Londres e que começou na sexta-feira, está programado para durar cerca de três semanas mas já se arrasta desde 2018. Em julho desse ano, Chokri e O’Donoghue apresentaram a queixa de “violação de direitos autorais, danos e uma conta de lucros em relação à suposta violação”.