Pedro Marques Lopes
Comentador
É na altura de fazer as malas para ir de férias que percebo que não sou um otimista, mas só um tipo entre o teimoso e o desmemoriado. Eu sei que não vou ler boa parte dos livros que levo, mas quando escolho os livros acho que, pelo menos, vou ler metade. Nunca aconteceu, e já não vou para novo. Por outro lado, não garanto que sejam só estes que, de facto, vão (ainda faltam uns dias para me pôr a esturricar e não sou um moço muito decidido): Um Homem de Confiança, de Georges Simenon (que já li, mas que ponho aqui para poder dizer que o Simenon é o melhor escritor de todos os tempos); Estrada Leste-Oeste, As Origens do Genocídio e dos Crimes Contra a Humanidade, de Philippe Sands; O Reino, de Emmanuel Carrère; As Pequenas Virtudes, de Natalia Ginzburg; Integrado Marginal, Biografia de José Cardoso Pires, de Bruno Vieira Amaral; Deus Pátria Família, de Hugo Gonçalves; I’m Your Man, A Vida de Leonard Cohen, de Sylvie Simmons; Myra Breckinridge, de Gore Vidal; Incorrigível – A História Desconhecida de Carlos Rates, de primeiro secretário-geral do PCP a apoiante de Salazar, de Pedro Prostes da Fonseca; A Sonata de Kreutzer, de Lev Tolstói; O Combate com o Demónio, de Stefan Zweig; O Homem do Casaco Vermelho, de Julian Barnes; O Duelo, de Bernardo Santareno. Os Melhores Contos do Machado de Assis também vão porque o homem nunca foi à Grécia e tenho de dizer que também é o melhor escritor de todos os tempos.