A obsessão de Lázaro de Jesus pelas axilas de uma violinista e o seu desejo em beijá-las é a inspiração para uma comédia, a última, que José Fonseca e Costa realizou. A história do filme é baseada no romance homónimo de Rubem Fonseca (Axilas e Outras Histórias Indecorosas) mas foi trabalhada ao longo de um ano por Mário Botequilha, argumentista e humorista, e o próprio Fonseca e Costa.
Mais do que essa fixação pela anatomia da violinista, o protagonista, interpretado pelo ator Pedro Lacerda, é “uma personagem que habita mundos que se excluem e desconhecem, um vai e vem entre Tchaikovsky na Gulbenkian e um copo de tinto na tasca, a comunhão na igreja ou a assinatura de contratos de alta finança#, como conta à VISÃO Paulo MilHomens, o responsável pela montagem do filme e que se viu convidado a terminar as filmagens após a morte de José Fonseca e Costa, em novembro do ano passado. Um filme que é dedicado ao poeta Alexandre O’Neill mas é também uma homenagem a Lisboa e ao próprio cineasta.
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