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Neste filme há uma conspiração? Ah, pois há. Neste filme ocorrem vários assassinatos? Então, não? É mesmo o que não falta. Só que são cometidos contra o próprio filme. E há violência daquela que faz doer? Sim, pode chamar-se-lhe mesmo tortura lenta, dolorosa e cruel. O guião é mau, os diálogos de fugir aceleradamente, o vilão é desastroso e o ator, no papel de detetive-psicólogo, não chega não ao calcanhar, mas nem à sola do sapato do antecessor Morgan Freeman. Depois, os ângulos de sempre, os efeitos do costume, as perseguições, as explosões, as quedas iminentes, a monotonia mais completa. Acredita-se que a matéria prima (do “best-seller” mundial James Patterson, que avia livros ao estilo linha de montagem “fordiana”, também o produtor deste filme) não facilita, mas ainda assim, nem com uma boa vontade de madre Teresa de Calcutá se arranca, neste caso, a caridade(zinha) da condescendência. Temos então este detetive do FBI, de Detroit, (de bom coração), que tem uma mãe com mau feitio (mas com bom coração), e uma família encantadora, a menina até toca piano (todos eles dotados de bom coração) e um “partner” (só para não repetir) com um coração de ouro. Ele, além de extremamente bonzinho, é espetacular a deslindar enigmas. A começar pelos caseiros: descobre logo o que a mulher almoçou, que trocou de tom de bâton, e que a grande surpresa que lhe reservava é… mais um bebé a caminho. Felizmente (para a família), o homem tem mais com que se entreter e trata de perseguir um psicopata (de mau coração), viciado em dor (tortura as vítimas, cortando-lhes os dedos com um alicate), e que deixa umas pistas como costumam fazer os psicopatas nos filmes (o que eles querem mesmo é serem travados). Muito dado à arte, deixa uns desenhos “à Picasso” nos locais do crime, e por isso mesmo lhe chamam… Picasso. O psicopata é mesmo muito mau, mas a tortura ainda vai a meio. Chama-se tortura do sono, esta de entediar o espetador com clichés tão repisados que só provocam aquela reação involuntária de abrir muito a boca e inspirar abundantemente, mais conhecida por bocejo. Sophia dizia a respeito das palavras: tão usadas, tão gastas que se tornam cuspo.