Às vezes pergunto-me porque me lembro duma forma tão nítida destas duas cenas destes filmes que vi há tanto tempo, o Blow Up há uma eternidade, no dia em que fiz 17 anos. O que me encanta nestas cenas, que penso já quase reproduzi em dois ou três espectáculos que dirigi, é o seu non sense, o inesperado que as atravessa. Que ritmo, que gozo, que relação se cria à volta da “ma ligne de chance”, ou como desperta a nossa imaginação aquele jogo imaginário de ténis que leva cada um de nós a entrar no jogo, a imaginar como eles, como acabou por acontecer com o fotógrafo que foi buscar a bola e a reenviei para o interior do campo de jogo. É este o fascínio da criação artística que uma tal força que é capaz de gravar na nossa memória estas obras.
O GOSTO DE CARLOS FRAGATEIRO
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Na secção Gosto dos Outros, o encenador Carlos Fragateiro faz um comentário comparado de duas cenas de filmes que o acompanham pela vida