Parque Natural do Douro Internacional
Os quatro concelhos abrangidos pelo Parque Natural do Douro Internacional – Miranda do Douro, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta e Figueira de Castelo Rodrigo – merecem ser explorados com tempo. Considerada uma das zonas de fauna mais importantes do País e mesmo da Península Ibérica, ali pode encontrar-se e observar uma diversidade grande de espécies, algumas delas em vias de extinção (o caso mais preocupante é o da águia de Bonelli), que se dissimulam nos planaltos cortados por vales declivosos e escarpados. As aves, na sua maioria rupícolas, constituem o grupo mais numeroso e emblemático.
Miradouros para apreciar as aves e a natureza ímpar, cortada por um Douro que faz a fronteira natural entre Portugal e Espanha, não faltam. O do Penedo Durão é o mais conhecido, mas há outros, como o do Carrascalinho, que merecem ser descobertos.
Sede do Parque, R. de Sta. Marinha, 4, Mogadouro T. 279 340 030
Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino
Lutar contra a extinção a que parecia votada a raça asinina de Miranda foi o ponto de partida para uma série de projetos que dão hoje a dezenas de burros (de raça indígena, mas não só) uma vida mais digna. Podem fazer-se vários passeios de burro dentro do Parque ou apenas visitar o centro de proteção dos animais.
De 2 a 5 de Agosto decorre mais uma edição do Festival “L Burro e L Gaiteiro”, que pretende “potenciar a música e os instrumentos tradicionais, os arraias e as danças mirandesas, a gastronomia local, a fauna, a flora e o quotidiano de quem resiste por Terras de Miranda”.
Largo da Igreja, Atenro (Sendim) T. 273739307, www.aepga.pt
Cruzeiro Ambiental
A embarcação tem capacidade para 120 pessoas e os passeios, entre as monumentais arribas do Douro, podem demorar uma ou duas horas. O passeio faz-se num barco insonorizado, panorâmico e com motor ecológico, de modo a perturbar o menos possível o meio ambiente. Em português primeiro, em espanhol depois, ou não se tratasse de um projecto transfronteiriço, o guia pede aos visitantes que se mantenham em silêncio a ouvir as explicações. Ao longo do percurso, em direção ao Vale da Águia, alerta aos visitantes ora para o canto de determinadas aves, ora para os seus ninhos e outros aspetos interessantes da fauna e da flora
Parque Náutico, Miranda do Douro T. 273 432 396
Barca d’Alva
A imponência da antiga Estação Ferroviária de Barca d’Alva surpreende, mesmo agora, completamente votada ao abandono. O visitante detém-se na identificação das diferentes divisões no cimo das portas: Cantina, Restaurante, Gabinete do Chefe/Transmissão e Telégrafo, Sala de 1.ª classe, Despacho de Bagagens, Agência Aduaneira, Guarda Fiscal. A lista dá ideia da importância do espaço, quando ali terminava a Linha do Douro e os comboios iam até Salamanca. Hoje, os vidros estão partidos, as portas quase não existem, há roupas velhas e lixo no chão. Os andares de cima perderam as escadas que lhes davam acesso. Só os azulejos escapam. Caminhando pela linha em direção a Espanha, veem-se os dois armazéns, a grua e o depósito de água, as casas dos ferroviários, antes de chegar à ponte internacional sobre o Águeda, onde a meio ainda está a placa a separar Portugal de Espanha.
Freixo de Espada à Cinta
Com o calor que por estas alturas se faz sentir no nordeste transmontano, a praia fluvial da Congida é uma boa sugestão para retemperar energias. Freixo está algo descaracterizado, mas vale a pena visitar as ruas da vila e perceber, nalguns portais, janelas e na Igreja Matriz, porque se autointitula “a mais manuelina de Portugal”. Foi em Freixo que Guerra Junqueiro nasceu e a casa da família está aberta ao público. Há ainda um Museu do Território e outro da Seda, que explica todo o processo, do bicho até ao fio. É proibido abandonar a vila sem provar os doces de amêndoa da Dona Mariazinha, na Casa do Conselheiro, um bonito edifício do século XVI que é também turismo rural.
Torre de Moncorvo
À volta da praça central, onde as casas têm janelas e portas emolduradas por granito e bonitas varandas em madeira ou ferro, há pelo menos três sítios onde se pode saborear a tradição das famosas amêndoas cobertas. Atrás de tabuleiros de cobre, aquecidos com brasas por baixo, há mulheres a rodar com os dedos as amêndoas para ganharem a camada de açúcar aos piquinhos que as torna únicas. Vale a pena passar pelo Museu do Ferro que fala sobre o passado industrial e arqueológico da região.
Centro de Arte Contemporânea Graça Morais
Até 17 de Outubro, há duas exposições imperdíveis: “Júlio Pomar – Uma antologia” e “Graça Morais: retratos e auto-retratos”. Mas o edifício em si, o antigo Solar Sá Vargas, em pleno centro de Bragança, merece visita: foi reinventado por Souto Moura, que consegui um interessante diálogo entre antigo e moderno.
Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, R. Abílio Beça, 150 T. 273 302 410. Ter-Dom 10h-12h30, 14h-18h30
Museu do Douro, na Régua
O antigo edifício da Casa da Companhia Velha, de 1783, sobranceiro ao rio, cresceu (convive com um edifício novo, cinzento, de arquitetura contemporânea) e conta, desde Dezembro de 2008, a história da Região Demarcada do Douro.
Museu do Douro, R. Marquês de Pombal, Régua, T. 254 310 190 Ter-Dom 10h-18h
Comboio Histórico a Vapor
A viagem, em carruagens históricas puxadas por uma locomotiva Henshel a vapor fabricada na década de 20, ocorre todos os sábados. O comboio sai da Estação da Régua e tem a do Tua como destino. É aí, numa enorme plataforma de madeira giratória, que o comboio inverte o sentido da marcha. No Pinhão, cabe aos motoristas a árdua tarefa de alimentar a carvão a velha locomotiva.
Régua -Pinhão- Régua 14h45-18h22. €43, €21,50 (crianças de 5-12 anos) T. 808 208 208
Estação do Pinhão e Wine house
Além dos históricos painéis de azulejos que retratam cenas relacionadas com as vindimas, dignos de fotografia, uma parceria entre a Quinta Nova e a Refer acrescentou, em Junho de 2008, novos atrativos à Estação. No seu interior, podem fazer-se degustações de produtos de qualidade da região e provas de vinhos.
Seg-Dom 10h-02h
Castelo de Ansiães
Num morro granítico com mais de 800 metros de altitude instalou-se o povoado medieval de Ansiães, que fazia o controle geoestratégico da margem norte do rio Douro e do planalto carrazedense. O antigo povoado foi condenado ao abandono a partir do séc. XVI, mas ainda estão orgulhosamente de pé duas linhas de muralhas, por onde se pode caminhar e usufruir de uma vasta panorâmica das redondezas. Ao entrar pela porta de São Francisco, também se avista a igreja românica de São Salvador. No centro interpretativo, no centro de Carrazeda, poderá recolher mais informações.
Selores. Centro Interpretativo do Castelo de Ansiães, R. Alberto Lobo T. 278 618 253. Ter-Qui, Sáb-Dom 10h-12h, 14h-17h, Sex 14h-17h
ONDE COMER
A Lareira, Av. Nossa Srª do Carminho, 58-62, Mogadouro T. 279 342 363
Cinta D’Ouro Av. Guerra Junqueiro, s/n, Freixo de Espada à Cinta T. 279 652 550
O Bruiço E.N. 102 (Est. do Poio), Vila Nova de Foz Côa T. 279 764 379
ONDE DORMIR
Albergaria Vale do Coa, Av. Cidade Nova, Vila Nova de Foz Coa T. 279 760 010. €40-€100
Casas do Coro, Turismo Histórico e Lazer, Lg. do Coro, Marialva T. 91 755 2020. €115-€260
Casa do Conselheiro R. das Moreirinhas, 1, Freixo de Espada a Cinta T. 279 653 439. €60
Moradias do Douro Internacional Praia Fluvial da Congida, Freixo de Espada a Cinta T. 279 653 018. €30-€40